terça-feira, 8 de maio de 2012

Conecte-se à rede social do abraço


Atualmente ao falarmos de relação, vínculos, amor etc,devemos somar à palavra chave: contatos! É que as redes sociais parecem ter chegado para nos “enredar” com o mundo lá fora, nos ofertando maior possibilidade de encontros ou informações de nós mesmos e dos outros.

Bendita seja a tecnologia que chega para nos aproximar e nos abrir a um mundo imediato e ilimitado! Problemas podem advir quando nos confundimos ao ponto de deixar tudo nas mãos do mundo virtual.
O Facebook apareceu como a fada madrinha das possibilidade relacionais, usado indiscriminadamente por jovens e adultos dos mais diferentes níveis intelectuais, sociais e econômicos.

Tornou-se e a ferramenta ideal para quem está só ou não quer se expor. Nessa linha, estão também os que preferem lamentar-se por não encontrar quem valha à pena.Sem dúvida, o Facebook  e outras redes sociais ganharam adeptos rapidamente.Alguns até apostam nesse recurso como uma agência de matrimônio instantânea.

Proponho pensarmos numa mudança de estratégia para as pessoas que usam a rede para tão só ter uma “janela para ver, mas para ser visto pelos que estão conectados”, porém sem contato real,que revisem o  estilo ou o tipo de contatos que estão frequentando.Repensar as nossas visitas, a procura frenética de satisfação afetiva; os milhões de contatos; os murais de fotos, sempre sem abraços...

Qual o medo de nos relacionarmos frente à frente? É temor do fracasso? É só uma questão de moda,tendência? Comodidade? Não sei. Mas o certo é que dia após dia parece que fica mais difícil estabelecermos vínculos reais nesses tempos. Entretanto,f az-se urgente tentá-los!

Não é uma crítica. Só um convite para um outro olhar!
Não pretendo encontrar a resposta que nos indique o temos de fazer para encontrar-se com o outro e descobrir o amor em todas as suas formas. Porém diariamente peso que aprendemos,buscamos e nos decepcionamos com a difícil arte de amar! Certamente,fazemos o que podemos. Mas não nos esqueçamos: o amor e todas as suas possibilidades estão lá fora! E nos que estamos fazendo? Que estamos esperando?

O tempo não pára!

Entendo que o amor não é um conto de fadas que se lê noite após noite. E sim uma história que se escreve, se vive e se constrói a cada dia. Para realizar essa árdua tarefa, contamos,entre outras coisas, com os cinco sentidos.

O problema é que ao nos relacionarmos virtualmente esse valioso instrumental perde sua força. 
Sei que os relacionamentos no seu começo é repleto de encantamento, enamora mento, independente do tipo de contato que o faça emergir.Mas também sei que o amor não se sustenta exclusivamente em torno de velhas lições, modelos ideais e fantasias.O amor carece de cotidiano de encontros e confrontos (respeitosos), uma oportunidade de eleger-se e comprometer-se de uma maneira mais autêntica.Isso não significa que as histórias de amor dos nossos avós ou pais tenham sido artificiais ou superficiais e que não tenham implicado em duro trabalho para “fazer perdurar”.Mas eram outros tempos e portanto eram outras   possibilidades de ser, sentir e até mesmo poder expressar o que cada um precisa e podia dividir.

Escuto com frequência o testemunho de pessoas que ainda seguem pensando em uma relação de casal de acordo com os modelos tradicionais. E este é, creio,um dos motivos essenciais pelo qual muitas relações não se concretizam, não se finalizam,ou sequer permitem o “encontro”.

É obvio que quem começa uma relação, investe e acredita que será para sempre. Porém se há algo que devemos desejar a quem hoje começa uma relação é que consigam,ambos,ajustar –s e aos tempos atuais,sincronizar relógios e viver o aqui e agora,mas além do  tempo que foi e do que virá!

Não esqueçamos de um ingrediente fundante da vida de um casal: o sexo.A vida sexual de um casal extrapola o cenário da cama. É importante poder falar sobre fantasias, predileções, preconceitos.
Portanto, o que pretendo compartilhar aqui é que o amor é possível e o será o tanto ou quanto possamos nos comprometer com a “causa”!Sem implicar em  exigência de hipotecar a felicidade!