Atualmente
ao falarmos de relação, vínculos, amor etc,devemos somar à palavra chave: contatos! É que as redes sociais parecem
ter chegado para nos “enredar” com o mundo lá fora, nos ofertando maior
possibilidade de encontros ou informações de nós mesmos e dos outros.
Bendita
seja a tecnologia que chega para nos aproximar e nos abrir a um mundo imediato
e ilimitado! Problemas podem advir quando nos confundimos ao ponto de deixar
tudo nas mãos do mundo virtual.
O Facebook
apareceu como a fada madrinha das possibilidade relacionais, usado
indiscriminadamente por jovens e adultos dos mais diferentes níveis
intelectuais, sociais e econômicos.
Tornou-se
e a ferramenta ideal para quem está só ou não quer se expor. Nessa linha, estão
também os que preferem lamentar-se por não encontrar quem valha à pena.Sem
dúvida, o Facebook e outras redes sociais ganharam adeptos
rapidamente.Alguns até apostam nesse recurso como uma agência de matrimônio
instantânea.
Proponho
pensarmos numa mudança de estratégia para as pessoas que usam a rede para tão
só ter uma “janela para ver, mas para ser visto pelos que estão conectados”, porém
sem contato real,que revisem o estilo ou o tipo de contatos que estão frequentando.Repensar
as nossas visitas, a procura frenética de satisfação afetiva; os milhões de
contatos; os murais de fotos, sempre sem abraços...
Qual o
medo de nos relacionarmos frente à frente? É temor do fracasso? É só uma
questão de moda,tendência? Comodidade? Não sei. Mas o certo é que dia após dia
parece que fica mais difícil estabelecermos vínculos reais nesses tempos. Entretanto,f
az-se urgente tentá-los!
Não é uma
crítica. Só um convite para um outro olhar!
Não pretendo
encontrar a resposta que nos indique o temos de fazer para encontrar-se com o
outro e descobrir o amor em todas as suas formas. Porém diariamente peso que
aprendemos,buscamos e nos decepcionamos com a difícil arte de amar! Certamente,fazemos
o que podemos. Mas não nos esqueçamos: o amor e todas as suas possibilidades estão
lá fora! E nos que estamos fazendo? Que estamos esperando?
O tempo
não pára!
Entendo
que o amor não é um conto de fadas que se lê noite após noite. E sim uma
história que se escreve, se vive e se constrói a cada dia. Para realizar essa
árdua tarefa, contamos,entre outras coisas, com os cinco sentidos.
O problema
é que ao nos relacionarmos virtualmente esse valioso instrumental perde sua
força.
Sei que
os relacionamentos no seu começo é repleto de encantamento, enamora mento, independente
do tipo de contato que o faça emergir.Mas também sei que o amor não se sustenta
exclusivamente em torno de velhas lições, modelos ideais e fantasias.O amor
carece de cotidiano de encontros e confrontos (respeitosos), uma oportunidade
de eleger-se e comprometer-se de uma maneira mais autêntica.Isso não significa
que as histórias de amor dos nossos avós ou pais tenham sido artificiais ou
superficiais e que não tenham implicado em duro trabalho para “fazer perdurar”.Mas
eram outros tempos e portanto eram outras possibilidades de ser, sentir
e até mesmo poder expressar o que cada um precisa e podia dividir.
Escuto
com frequência o testemunho de pessoas que ainda seguem pensando em uma relação
de casal de acordo com os modelos tradicionais. E este é, creio,um dos motivos
essenciais pelo qual muitas relações não se concretizam, não se finalizam,ou
sequer permitem o “encontro”.
É obvio
que quem começa uma relação, investe e acredita que será para sempre. Porém se
há algo que devemos desejar a quem hoje começa uma relação é que
consigam,ambos,ajustar –s e aos tempos atuais,sincronizar relógios e viver o
aqui e agora,mas além do tempo que foi e do que virá!
Não esqueçamos de um ingrediente fundante da vida
de um casal: o sexo.A vida sexual de um casal extrapola o cenário da cama. É
importante poder falar sobre fantasias, predileções, preconceitos.
Portanto, o que pretendo compartilhar aqui é que
o amor é possível e o será o tanto ou quanto possamos nos comprometer com a
“causa”!Sem implicar em exigência de hipotecar a felicidade!