quinta-feira, 23 de abril de 2009

Psicodrama: o ato diante da existência

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Gostaria de compartilhar meu entusiasmo sobre o tema, não porque encontrei minha tribo, ou o seio que me acolhe, ou mesmo uma fórmula mágica para o trabalho. Mas em verdade, há 22 anos me encontro entusiasmada por ter descoberto uma abordagem que me permite trabalhar identificada com ideologia e metodologia, voltadas para o trabalho com grupos, com uma prática que privilegia a ação, pois o ato antecede a fala.

Posso trabalhar com instrumentos artísticos e estéticos que facilitam, e muito, a expressão e comunicação dos sentimentos. Primamos por relações verdadeiras e diretas, entendendo que a relação é composta por pessoas, portanto, seres da mesma espécie o que propicia, na horizontalidade das relações,o encontro com o outro e consigo mesmo. Jamais esquecendo,que a nossa divindade reside em sermos seres criativos e portanto,as possibilidades de resolução,para quem as quer, passam a ser infindáveis.

Dessa maneira, posso me colocar em relação aos grupos e as pessoas que os constituem como facilitadora, mas sem esquecer ou sufocar minha individualidade/subjetividade. Afinal, elas também compõem os instrumentos constitutivos da relação.
Viver Psicodrama é estar em atitude de protagonismo diante da vida.

É não se privar do privilegio de viver o momento.

É se preparar para exercer o dom da criação com responsabilidade e adequação.

É entender que desempenhamos papéis sociais , psicossomáticos e psicodramáticos .

É o vínculo, resultado das interações entre papel e contra-papel. Que nos liga e que mostra a qualidade das nossas relações, para que possamos, sempre em sintonia com o mundo, melhorar mais a nossa capacidade amorosa, criativa, adaptativa e verdadeira diante da existência.